Neste vídeo do professor universitário fala sobre cartas trocada com Jung e o teólogo Karl Barth em 15 de Agosto de 132 onde Jung discorre sobre o que é a experiência de Deus do ponto de vista de um analista ou um psicólogo analista.
1. Quem foi Carl Gustav Jung?
Psiquiatra suíço, contemporâneo de Sigmund Freud
Viveu entre 1875-1961
Fundador da psicologia analítica
2. Primeiro volume das cartas de Jung
JUNG, C. G. Cartas: 1905-1945. Tradução de Edgar Orth. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2018. v. 1.
3. (De Jung para um pastor em 15/08/1932)
“[1] A objeção de Barth sobre a psicologização da experiência religiosa e que, pelo que percebo, o senhor também endossa, corresponde a um preconceito que não se justifica. Sabe Barth ou alguém mais o que é o inconsciente, ou pretende talvez Barth provar que a experiência religiosa provém de outra fonte que não seja a psique?
[2] As autoridades religiosas em que me baseio neste caso são Tertuliano e Mestre Eckhart, sem falar da minha própria experiência que me trouxe muito mais conhecimento da psique humana do que a escrivaninha do Senhor Barth.
[3] Aqui está precisamente a razão que os teólogos, conforme eles mesmos confessam, não sabem o que fazer com a psique do doente. A psique humana e os panos de fundo psíquicos são subestimados em larga escala. Como se Deus falasse aos homens exclusivamente através do rádio, dos jornais ou dos sermões.
[4] Deus nunca falou de outro modo aos homens que não na e pela psique; e a psique o compreende, e nós o experimentamos como algo psíquico. Quem diz que isso é psicologização nega o olho que enxerga o sol.” (p. 113-114).
